PESAMENTOS DE KARL MARX
Na Baixa Idade Média surgiram as verdadeiras característica do capitalismo, não as mesmas que conhecemos hoje, com o arrocho familiar, endividamento carregado e, consequentemente, a miséria assolando todo o mundo impossibilitado de ter acesso as coisas mais básicas ao ser humano: feijão e arroz. No entanto, o capitalismo deixa o seu rastro de morte desde o seu surgimento.
Entre os séculos XI e XV,
por causa da mudança do centro de vida econômica, política e social dos feudos
para a cidade, surgem as primeiras distinções entre a vida campesina e urbana.
Com a crise demográfica causada pela Peste Negra e a fome que afligia, originando
a morte de mais de 40% da população europeia, o comércio europeu viu-se forçado
a reativar os seus centros apoiados pelas Cruzadas, passando-se pelos séculos
XI ao XII. Nesse interim, a Europa passou por um intenso desenvolvimento
urbano civilizacional e comercial. Consequentemente as relações de produção
capitalistas se multiplicaram e amofinaram as bases do feudalismo. Já na idade
média, o absolutismo atrelado ao mercantilismo elevou o poderio político e econômico
dos reis. As pessoas que viviam no campo se mudavam para as cidades em busca
de empregos e melhores condições de sobrevivência subexistencial, mas os
centros urbanos da época não suportavam a abrupta ampliação demográfica. A
situação se tornara caótica.
No entorno da Europa do
século XIX, os conflitos começaram a se caracterizar pelos embates entre
trabalhadores e capitalistas. Ao ler o livro de Friedrich Engels, "A Situação
da Classe Trabalhadora na Inglaterra", o grande teórico do socialismo científico
exemplifica as catástrofes sociais criadas pela Revolução Industrial, que teve
como maiores referências ideológicas o liberalismo, passando-nos a terrível
ideia do individualismo entre os homens.
“[...] A sociedade
europeia, que até então, vinha mantendo seus vínculos feudais tradicionais de
coesão e integração, baseados nos laços familiares, religiosos, morais e sentimentais,
comuns ao meio rural, de forma abrupta, assistiu ao surgimento de uma
organização urbano-industrial sem nenhum tipo de ligação que primasse pelo
humanismo [...]”
Marx, karl.
A nova revolução
industrial e as teorias criadas por Adam Smith, precursor do liberalismo,
trouxeram consigo a ideia de “avanço tecnológico e científico”, quando na
realidade, os avanços reais foram iniciados pela mão-de-obra trabalhadora e
explorada. Os negócios familiares, que se mantinham estáveis foram substituídos
por grandes empresas agrupadas em carteis agregadores ou eliminadores. A
Europa, como um todo, tornou-se uma sociedade de desempregados, mendigos e
trabalhadores sem nenhum vínculo familiar e empregatício. A miséria fora fato
agregador à proliferação de mães solteiras, de crianças sem pais e mulheres e
homens despreparados, tornando-se presas fáceis aos proprietários de minas de
carvão e fábricas concentradoras do capital produzido pelo trabalho de
superexploração. Enquanto a burguesia urbana enriquecia pelo espólio colonial,
adquirido por invasões às civilizações asiáticas e africanas, a Europa vivia o luxo
de deter o poder sobre o mundo menos abastado e via-o como uma simples base de
sustentação.
As revoluções de 1848 e a
Comuna de Paris de 1871 provocaram uma nova reorganização social.
Possivelmente, podemos afirmar que os maiores resultados do conflito entre os
trabalhadores e a burguesia exploradora, foi a construção de um Estado de
Bem-estar social. Os trabalhadores, logo após terem adquirido direitos civis, políticos
e sociais, passaram a escolher os seus representantes por meio do voto, minando
o pleno poder da monarquia. Os sindicatos puderam ser criados para garantirem
uma renda mínima ao trabalhador e, posteriormente, a sua existência em
sociedade.
“[...] As contradições,
no entanto, continuaram existindo. As cidade cresciam sem planejamento e não
ofereciam as mínimas condições de higiene: acentuava-se as divisões de trabalho
entre a burguesia e o proletariado; o Socialismo que deu origem as teorias de Karl
Marx, o Anarquismo de Mikhail Bakunin e de outros líderes ganharam adeptos;
enquanto as revoltas de trabalhadores se tornaram constantes. A Comuna de Paris
(1871) conseguiu, durante setenta dias, promover um radical governo proletário,
até a sua violenta dissolução pelas forças conservadoras, que favoreceu ainda
mais a euforia burguesa e do capitalismo desumano, que continuaram massacrando
o proletariado [...]”
Gomes, morgana.
Em análise fria, podemos
observar que as misérias do mundo Ocidental e, posteriormente, das demais
regiões se deram com a urbanização industrial e a consequente concentração de
riquezas nas mãos de grupos seletos. Desde o período Renascentista, o mundo
mantinha uma estabilização econômica e social bucólica, com uma manutenção de
desenvolvimento retilíneo e contínuo.
“A natureza do homem é de
tal maneira que, ele não pode atingir a perfeição, senão agindo para o bem e a
perfeição da humanidade (sic).”
(Karl Marx).
Por Moisés Calado.
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