quinta-feira, 23 de junho de 2022

"INTERTEMPORAL": O NOVO ROMANCE DE MOISÉS CALADO

 



UMA VIAGEM ENTRE OS TEMPOS


Imagem: arquivo pessoal do autor. Foto: por Selly Edny


Repleto de tecnologias ainda inexistentes, o novo romance ficcional do autor Moisés Calado promete nos levar a viagens pelo tempo em diferentes épocas. Indo do passado ao futuro e preenchendo-se no presente, o escrito é perfeito por distopias e realidades inconcebíveis ⸺ pelo menos assim pensavam as pessoas em períodos remotos da história humana. As sociedades e os acontecimentos citados na obra exemplificam as díspares épocas em que o ser humano desacreditou que algo poderia existir e restringia-se apenas a imaginação humana.      

Segundo o autor de “A Ordem” (2018), “O Escritor: Reencontro com a razão” (2019), “Exorcismus ⸺ Sob a influência do mal” (2015. Selo: Chiado Books), “Elisabeth” (2019), “Imaculada Percepção” (2020), “Além da Terra, Além do Céu” (antologia de 2020, Selo: Chiado Books) e agora “Intertemporal” (2019 a 2022), a obra fora produzida em uma época em que as máquinas predominam através da concepção e aperfeiçoamento da inteligência artificial.

Elaborado no início de 2019, antes do surgimento do vírus SARS COV 2/Covid-19, o romance fala sobre um patógeno letal que se espalha sobre a Terra com a ajuda das guerras de proporções nucleares. O “Governo” usara todos os recursos pertencentes ao povo e passara a estudar a eugenia para o aperfeiçoamento da raça humana. A Teoria Malthusiana fora criada pelo pastor da Igreja Anglicana, Thomas Robert Malthus, nascido em 1766; ele estudava a reprodução desenfreada dos seres humanos. O clérigo, como um exímio estudioso demográfico, desenvolvera uma forma única de frear o crescimento populacional através da contenção sexual antes do casamento, condicionamento moral para retardar as práticas antes do matrimônio e ter um número específico de filhos, preferencialmente, o quanto se pudesse sustentar; as suas ideias são citadas de forma admirável em “Intertemporal”, assim nos revela o criador da obra.

Visto como um escritor de romances policiais e terror psicológico, Moisés Calado se introduzira na ficção científica com uma temática atualíssima, remetendo críticas aos governos, glosando sobre Física, Biologia e possíveis guerras futurísticas. A Teoria ou Princípio da Consistência ou Autoconsistência de Novikov, também nos esclarece o porquê da não existência dos paradoxos temporais e a irreprochável peregrinação do protagonista pelas diversas épocas apresentadas a ele, o qual passa a ser a “causa da consequência do seu próprio evento”, sem alterações ramificadas na linha de tempo.     



Imagem: arquivo pessoal do autor. Por Andréa Alcântara.


O autor também nos fala sobre a personalidade forte do seu protagonista e a sua busca pelo amor a si mesmo, levando-nos a acreditar que o personagem “Siomes” (um anagrama do seu próprio nome, “Moisés”) demonstra ter características depressivas. Ainda na mesma obra, pode-se encontrar cenas adultas, “com sexo explícito e excitante”, diz o escritor.

A obra vem sendo analisada por algumas editoras fora do eixo de contratos editoriais do classicista e aguarda por futuras resoluções. Esperemos que muito em breve este romance esteja nas prateleiras e lojas virtuais de todo o Brasil.

 

Por Cláudio Bittencuor.

 

 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mensagens agressivas e desrespeitosas serão descartadas automaticamente.

"O Corvo", de Edgar Allan Poe

Imagem: Arquivo pessoal. Edgar Allan Poe. Seu texto mais famoso é o poema narrativo  O corvo  ( The raven ) , de 1845. Nesse poema,   o na...