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sexta-feira, 17 de março de 2023

TERRORISMO DO DIA 08 DE JANEIRO: EX-COMANDANTE DEPÕE À CPMI






TERRORISMO BOLSONARISTA

Imagem WhatsApp: Atos terroristas em Brasília. Dia 08 de Janeiro de 2023. 


No dia 8 de Janeiro deste ano (2023), após a posse do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, houve uma completa destruição das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Dia 12 de Dezembro do ano passado já haviam ocorrido destruições e terrorismos pelas ruas de Brasília e em algumas cidades aderentes a um golpe de Estado orquestrado pelo então presidente Jair Bolsonaro e uma pequena cúpula golpista do Exército. Neste interim, e desde o dia 30 de Outubro de 2022, quando as eleições presidenciais foram definidas pelo povo a favor de Lula, acampamentos golpistas se fixaram nas frentes dos quartéis de todo o Brasil com uma única intenção: impedir o vencedor do pleito eleitoral de tomar posse da presidência do país.


Imagem: WhatsApp. Acampamento golpista em Brasília.


Há dois meses, deputados embusteiros, eleitos pela sigla do ex-presidente golpista (União Brasil/PL), que se encontra foragido do país por temer a prisão, iniciaram uma campanha para arrecadação de assinaturas a fim que se constituísse uma CPMI no Congresso Nacional. Com o cômputo de firmas suficientes, a abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito foi iniciada automaticamente, sem a necessidade da homologação dos presidentes das casas legislativas. Os então parlamentares têm listas de integrantes a serem intimados a depor com intento de ludibriar a população em favor do terrorismo bolsonarista do dia 08, assim como os parlamentares do campo progressista têm suas listas de depoentes para confirmarem as reais intenções e culpados pelo terrorismo na Esplanada dos Três Poderes.

Ontem, 16 de Março de 2023, um dos presos acusados de chefiar a destruição em Brasília, o ex-Comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Naime, depôs à CPI da Câmara dos Deputados. Ao dia 08 de Janeiro ele dirigia o batalhão da PM/DF, o que resultou em sua prisão pela Operação Lesa-Pátria por supostamente compactuar com os atos terroristas. Em depoimento aos parlamentares, Naime relatou que a polícia militar fora atrapalhada e impedida de atuar na proteção do Palácio do Planalto, das casas legislativas e do Supremo Tribunal Federal (STF); que o obstáculo viera dos militares do Quartel General do Exército da capital do país.



Ao ser questionado como viviam os golpistas nos acampamentos, ele foi enfático: “Eu ‘tive’ várias vezes naquele acampamento, como eu já falei, né? E eles realmente viviam uma bolha, ali dentro. Eles só consumiam informações e grupos, e o que era falado naquele carro de som, e eles não viam o que ‘tava’ acontecendo fora daquilo ali... e assim, parecia uma seita; tinha hora que você conversava com alguns lá, parecia uma seita. E, ali realmente foi o epicentro; ali chegou ao absurdo de eu receber um dia, um líder chamado Renan Sena: fez um vídeo, botou nas redes sociais acusando um outro líder de ter cometido estupro dentro do acampamento. Eu falei a respeito desse vídeo, mostrei, inclusive esse vídeo na época, em uma das reuniões que nós tivemos no Exército, para poder ver que nível que ‘tava’ chegando a coisa, né? A gente já tinha informações de tráfico de drogas, de ambulante, de prostituição, tinha já esse vídeo que apareceu de denúncia de estupro; e a gente ficava ali, a Polícia Militar... não foi uma ou duas vezes, eu botei quinhentos homens... quinhentos homens eu botei à disposição do Exército na Rainha da Paz, no dia vinte e nove do doze eu botei quinhentos e cinquenta e três homens à disposição do Exército pra retirar aquele acampamento definitivamente e a operação foi cancelada. A operação foi planejada na tarde do dia anterior, a tarde inteira. O Exército apresentou croqui, apresentou transparências, disse o que ia fazer, como que ‘ia’ atuar, como que seria a atuação da Polícia Militar, como que seria a atuação do DF Legal... chegou na hora, nada aconteceu”.

Assim como os muitos depoimentos já apurados, advindos dos milhares de presos da Papuda e Colmeia, presídios de Brasília, isto reforça as investigações em andamento, as quais apontam organizações criminosas dentro do Exército, Polícia Militar, pastores neopetencostais (financiadores), empresários e setores do Agronegócio (financiadores), este último contendo vídeos explicitando o apoio ruralista com centenas de quilos de carnes, entregues diariamente aos acampamentos dos terroristas.

A CPMI prossegue na Câmara dos Deputados e ao finalizar, seguirá à inquirição do Senado Federal.

 


Por Moisés Calado.

 

 

             

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