O Escritor: Reencontro com a razão
Imagem: Google imagens.
Com mais de 10.200 (dez mil e duzentas) visualizações e apreciações nas suas versões em português e inglês, "O Escritor: Reencontro com a razão" (The Writer) entrou para um dos rols mensais. Destaque-se esta análise subjetiva.
Imagem: Moisés Calado e Inkspired.
Vamos começar por essa sinopse, que está simplesmente encantadora: A primeira parte está carregada de suspense, mas na medida perfeita para elevar o nível de curiosidade do leitor. A segunda parte da apresentação levanta questões (talvez seja esta a melhor definição), isto, porque ali num pequeno trecho, você percebe que algo não está certo. Agora, a terceira parte: Meu pai amado (perdoe-me a empolgação. Risos.), está simplesmente maravilhosa! A premissa do que está por vir fica clara, mas de forma muito sutil, sem dar spoilers e sem matar a curiosidade; muito pelo contrário: a curiosidade só aumenta. Eu fiquei apaixonada pela forma como foi trabalhada.
Particularmente, eu adoro estórias que têm muito a ver com as pessoas e o cotidiano frugal, aqueles textos que os indivíduos se identificam facilmente. É simples se colocar no lugar de Joan, fazendo com que o sofrimento dele, devido ao bloqueio, seja o meu e o seu sofrimento. Isto é incrível, porque a verossimilhança se torna muito real.
Foto: Moisés Calado, por Andréa Alcântara .
A coesão da escrita está puramente excelente, assim como a estrutura. A narrativa traz um escrito muito empolgante, a qual não é fácil desviar os olhos por um momento sequer. É sóbria e cativante.
Quanto aos personagens, é meramente impossível não simpatizar com Joan e a sua busca por novos ares, onde está convicto que uma ideia surpreendente irá se fazer presente sobre ele. No entanto, toda uma confusão começa de maneira lenta e ao mesmo tempo acelerada, na qual não conseguimos parar de torcer por ele e sua jornada. Devagar o escrito começa a moldar as características dos personagens, e cada parágrafo é acometido por surpresas atrás de surpresas. O final? O desfecho é uma verdadeira cereja no bolo.
Algo que deixa o trabalho mais primoroso e eu não posso deixar de comentar, é a gramática: afortunadamente maravilhosa e muito bem posta. Na verdade, é um colírio para os olhos, e a leitura flui de forma fascinante. Foi uma experiência encantadora e avassaladora! Orgulho-me em dizer que foi diferente de tudo que já li. Parabéns ao autor Moisés Calado! Espero ler muito mais trabalhos como este.
Por Ísis Marchetti.