quinta-feira, 6 de julho de 2023

GENIAL: LULA DÁ INVERTIDA EM CARLOS ALBERTO DE NÓBREGA





A INDIRETA DO GOVERNO LULA

 


O "comediante degrau" do extinto A Praça é Nossa, do SBT, foi convidado para o programa Roda Viva no último dia 03 de Julho, e como não podia faltar ataques preconceituosos a Lula, estes foram lançados.

O ex-apresentador nada humorístico afirmou que alguém sem nenhum diploma, mesmo que seja colegial, jamais poderia assumir a presidência do Brasil, referindo-se, obviamente, ao presidente 3 três vezes eleito pelo povo brasileiro (a 4ª virá em 2026).

Ontem, o Governo anunciou oficialmente o programa "Desenrola, Brasil!" para ajudar as pessoas a quitarem suas mais diversas dívidas. No entanto, a resposta ao "comediante" veio explícita e cheia de humor. No comercial, aparece uma senhora com a mão no ouvido, fazendo referência à "Velha Surda", em frente a um banco de praça, semelhante ao do programa humorístico.

"Nome sujo na praça?", diz a mensagem que aparece com o vermelho grifando o nome "praça" para destacar o piadista derruído, sem programa e esquecido.

A acidez da resposta do governo Lula às atitudes preconceituosas do comediante "escada", fez as redes elevarem pilhérias aos trends do Twitter desde a madrugada do dia 05/07/2023, quarta-feira.

Uma coisa nós sabemos e confirmamos a todo instante: a limitação intelectual dos eleitores do Bolsonaro é imensurável e mostra-se de tempos em tempos, nas mais diversas áreas de trabalho.



Imagem: Arquivo pessoal



Por Moisés Calado.


quarta-feira, 5 de julho de 2023

MARIETTA BADERNA, O NOME QUE VIROU SINÔNIMO DE CONFUSÃO NO DICIONÁRIO BRASILEIRO

 


MARIETTA BADERNA E A CRIAÇÃO DA "CONFUSÃO"


Imagem: Pensar a História



Há 195 anos, 5/7/1828, nascia a bailarina Marietta Baderna. Seu comportamento boêmio e o hábito de incorporar elementos da cultura afro-brasileira em sua dança escandalizariam de tal modo a elite carioca que seu sobrenome seria dicionarizado como sinônimo de "confusão".

Marietta Baderna nasceu na cidade italiana de Piacenza, na região da Emília-Romanha, filha do médico Antonio Baderna. Desde criança, Marietta nutria o sonho de se tornar bailarina, o que se concretizou com sua estreia nos palcos de Piacenza aos doze anos de idade.


Imagem: Pensar a História

Aprendiz do célebre coreógrafo Carlo Blasis, Marietta não tardou em se destacar dança: ainda adolescente, tornou-se integrante do corpo de baile do Teatro Alla Scala de Milão e, aos 19 anos, viajou para a Inglaterra, onde se apresentou em uma temporada no Covent Garden.

Se sua carreira profissional deslanchava, o mesmo não poderia ser dito de seus ideais políticos. Marietta e seu pai eram republicanos, partidários do revolucionário Giuseppe Mazzini, derrotado por monarquistas e conservadores austríacos na malsucedida Revolução de 1848.


Imagem: Pensar a História



Sem subir aos palcos desde que a arte dos teatros fora banida da Itália por determinação dos ocupantes austríacos e sofrendo perseguição política em sua terra natal, a bailarina decidiu se mudar para o Brasil, onde desembarcou com sua família em 1849.

Estabelecida no Rio de Janeiro, Marietta recebeu convite para se apresentar com sua companhia no Teatro São Pedro de Alcântara. Seu talento encantaria imediatamente a elite carioca, que passou a lotar os assentos da plateia para vê-la dançar.


Imagem: Pensar a História


A "lua de mel", entretanto, duraria pouco tempo. Os hábitos "transgressores" da bailarina logo se chocariam com os valores da sociedade conservadora e escravocrata do Império Brasileiro. Marietta Baderna gostava de festas e, não raramente, saía sozinha à noite para frequentar os bailes populares. Namorava, bebia e dançava madrugadas adentro. Marietta Baderna gostava de festas e, não raramente, saía sozinha à noite para frequentar os bailes populares. Namorava, bebia e dançava madrugadas adentro.

Marietta passou a incorporar elementos dos ritmos africanos - sobretudo os passos do lundu - em suas apresentações nos palcos cariocas. E os populares com quem fazia amizade — trabalhadores braçais, negros escravizados e alforriados, vendedores ambulantes — passaram a frequentar as sessões abertas do Teatro São Pedro para prestigiar a bailarina, desenvolvendo uma forte identificação com suas apresentações.


Imagem: Pensar a História 


Quando Marietta Baderna entrava em cena, seus admiradores — ditos baderneiros — faziam uma algazarra. Aplaudiam, batiam os pés no chão, assobiavam, gritavam o seu nome — chocando a aristocracia na plateia, acostumada à reverência silenciosa dos espetáculos artísticos. As manifestações efusivas e a presença de negros, trabalhadores braçais, pessoas do povo na plateia — normalmente reservada ao usufruto da elite carioca — logo começaram a incomodar a sociedade racista e elitista do Império.

Aos poucos, os convites para a companhia de dança de Marietta Baderna começaram a escassear. Boicotada, a bailarina somente era escalada para papéis secundários no Teatro São Pedro. Seu sobrenome passou gradualmente a ser associado à bagunça, desordem e libertinagem.

Quatro anos antes de seu falecimento, ocorrido em 3 de janeiro de 1892, o dicionário de Antônio Joaquim de Macedo Soares se tornaria o primeiro a registrar o sobrenome da "bailarina do povo": baderna se tornara, então, sinônimo de "súcia dançante".


Imagem: Pensar a História

 

Por Pensar a História.




domingo, 2 de julho de 2023

NORDESTE: HISTORIADOR CLÓVIS MANFRINE COMENTA SOBRE O VERDADEIRO SÃO JOÃO




Imagem: arquivo pessoal


 Esperei passar o período junino para falar sobre a questão da perda de identidade cultural no Nordeste. O São João, as festas de junho de maneira geral, é a representação mais autêntica da cultura nordestina. Claro que já herdamos dos portugueses, principais colonizadores aqui por estas bandas, a tradição em festejar os Santos Antônio, João e Pedro, e acrescentemos neste caldo a cultura africana e - principalmente - a indígena (mais forte no interior nordestino) com o símbolo principal das festividades: o milho.

Pois bem, mas, agora, parte da população, os mais jovens, vamos ser sinceros, decidiram que a “cara“ do São João nordestino é um Gustavo Lima ou um tal dj Alok... Ai do gestor público que não trouxer como atração principal estes elementos que em nada, rigorosamente nada, têm laços culturais ou étnicos com o Nordeste brasileiro. São de outra raiz, de outra cepa (nunca mais tinha ouvido esta palavra que ficou popular durante a pandemia), de outra categoria musical (muito discutível, por sinal) e não mostram qualquer interesse na região, a não ser abocanhar 500, 900 mil contos em cachês pagos pelo erário.
Que estes sujeitos façam seus “shows“ em outros cantos durante este período sagrado para muita gente e deixem as nossas festas em paz. Ao mesmo tempo, temos conhecimento do que faz este tipo de cantiga fazer sucesso. O sucesso é garantido entre milhares de divulgadores, plataformas e redes sociais. Nem precisam mais de rádios, que até democratizavam um pouco a divulgação de artistas de todo o país, mas, sim, somente de esquemas prontos, industrializados, saídos aos montes a cada mês para “bombar“ em tudo que é lugar e entupir nossos ouvidos mesmo sem escolhermos isto.
É o totalitarismo deste tipo de “música“.


Por Clóvis Manfrine Calado.

"O Corvo", de Edgar Allan Poe

Imagem: Arquivo pessoal. Edgar Allan Poe. Seu texto mais famoso é o poema narrativo  O corvo  ( The raven ) , de 1845. Nesse poema,   o na...