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sábado, 18 de junho de 2022

ÉTICA A NICÔMACO ⸺ ARISTÓTELES

 






O JUSTO E O TEMPERANTE



Imagem: arquivo pessoal.


A prática, é em si, uma das únicas formas de mensurarmos os atributos atinentes ao ser humano. De fato, quando nos predispomos a algo, não sabemos se o que desejamos ou como agimos representa a vontade essencial; uma qualidade inerente ao ser. A ação se dissocia da afirmação inerte, pela sua solidez.

Genuinamente, as pessoas boas se caracterizam pelas suas atividades consolidadas a terceiros e não só pelas palavras emanadas sem a atuação necessária para, o que hora fora teórico, tornar-se concreto e benéfico.

Em “Ética a Nicômaco”, páginas 45 e 46 [alíneas 20, 25, 30, 1105 b, 5, 10, 15], Aristóteles discorre sobre o justo e o temperante como personagens distintos dos atuantes de forma gerida e com conhecimento prévio, assim como os gramáticos ou músicos:


(20) “[...] Com efeito, se os homens praticam atos justos e temperantes, é que já têm essas virtudes, do mesmo modo que, se fazem coisas em conformidade com as leis da gramática e da música, é que já são gramáticos e músicos [...]”

                                                   Aristóteles.



Os justos e temperantes, por si só agem conforme a virtude que lhe fora atribuída ao nascer; não necessitando de uma terceira noção para que as suas ações se validem. Ora, mas alguém que pratica algo pertinente à gramática não pode se beneficiar da ajuda de um terceiro para a completude do seu intento? Sim. Verdadeiramente, pode, mas o gramático só será um gramático quando possuir os conhecimentos que só o próprio gramático possui e são-lhe inerentes por praticá-los, não por serem atributos de sua essência. Acontece que há uma semelhança entre a virtude e os artifícios usados porque a temperança e a justeza têm seu mérito em si próprios, satisfazendo-se com o caráter contido nelas. As artes não se completam, por não terem mérito próprio em si; derivam de uma autocorreção para execução. Ao contrário da virtude, esta vista como qualidade moral concernente ao íntimo do ser; que diz-se do justo e o temperante.


(10) “[...] Está certo, então, dizer que é pela prática de atos justos que o homem se torna justo, e é pela prática de atos temperantes, que o homem se torna temperante, e sem essa prática ninguém teria nem sequer a possibilidade de tornar-se bom [...]”

Aristóteles.



Imagem: filosofia.arcos.org.br


Podemos observar, como dito anteriormente, que a teoria não o torna bom sem a prática, mas entendedor da ação, assim como a maioria das pessoas que assim procedem. O conhecimento não o torna necessariamente virtuoso em justeza e temperança, porém arguto em suas ações exercidas. A virtude, então, advinda do justo e temperante, compete não só à prática como à qualidade inerente à essência do homem.     

 

 Por Moisés Calado.

 

   

segunda-feira, 13 de junho de 2022

33 MILHÕES PASSANDO FOME E BOLSONARO COM FORAGIDO DA JUSTIÇA NOS EUA.


O IMPÉRIO DO BANDITISMO


Foto retirada do Twitter. Sem autoria avalizada.


Neste último sábado, dia 11 de Junho, em mais uma viagem feita pelo folião do Palácio do Planalto ao exterior, ocorreram episódios inusitados. O então presidente do Brasil foi aos EUA onde aconteceu a reunião da Cúpula das Américas, conhecida afetuosamente entre os países ao Norte como “Conselho das Colônias Latinas”. A reunião discutiu, sobretudo, a economia e a degradação ambiental, não desprezando demais assuntos mundiais como a guerra na Ucrânia. No entanto, além da sessão, que se tornara pano de fundo para os apoiadores do segundo golpe político em curso no Brasil, houveram as costumeiras “honrarias” ao golpista mor do Planalto.

Às sete horas da manhã, na cidade de Orlando na Califórnia/EUA, apoiadores do genocida brasileiro se reuniram para mais uma “motociata” e passeata com a ínclita presença do admirador dos passeios de moto à lá Mussolini. Às 8 horas da manhã o local do encontro reunia não mais que duas mil pessoas, quando era esperado por eles um número bem maior, segundo informações do Jornal Extra, da Rede Globo. A aglomeração fora composta pelas mais diversas figuras que habitam as terras do Norte: de cidadãos que saem do Brasil para limparem privadas dos estadunidenses, batendo continência para a bandeira deles, quanto por turistas que se aprazem com a fome de 33 milhões de pessoas em sua terra de origem, imaginando-se melhores por caminharem sobre os ladrilhos dos sonhos, na “Disney”. Entre todos os desconhecidos apreciadores do “Mikey Mouse”, o zimbório presidencial e a mídia desinformativa brasileira, estava o foragido internacional, Allan dos Santos, criador de um canal propagador de mentiras no YouTube, intitulado de “Terça Livre”. O então personagem teve prisão decretada no Brasil pela Suprema Corte (STF), que aguarda resposta ao pedido de extradição do criminoso apoiador do clã Bolsonaro. Em um vídeo com aproximadamente 6 minutos, o blogueiro passeia na garupa de uma moto cumprimentando e acenando às pessoas.

“A galera está aqui. Esse aqui é o DataFolha, o ‘DataPovo’ de verdade. Hoje é dia de ver a imprensa chorar”, disse o foragido na exposição ao vivo.

Ainda em gravação, o delinquente bolsonarista seguiu agitando as pessoas presentes e desmerecendo as instituições brasileiras, assim como fez diversas vezes antes de fugir do país acobertado pelo então Presidente.

“Xandão não queria que eu fosse à ‘motociata’ no Brasil, então Deus quis que ela viesse até mim! Você vai derrubar a minha conta, mas eu vou criar dez mil. Não vai me calar não!”, afirmou em outra de suas falas relativas ao Ministro da Suprema Corte.


Imagem: Revista Veja. Ministro Alexandre de Moraes (STF)

O Ministro Alexandre de Moraes (STF) remeteu um pedido à justiça e ao Departamento de Estado estadunidense, para que o Allan dos Santos seja introduzido nos registros de procurado e seja enviado ao Brasil para cumprimento da pena. Órgãos internacionais como a INTERPOL (Polícia Internacional) também foram ajuizados, mas ainda não tem-se informações de quando ele será posto nas páginas de foragido do organismo internacional.  

Sabe-se que essa manifestação a favor do golpista brasileiro foi organizada e financiada por um grupo de empresários e um ajuntamento de conservadores que se denomina grupo "YES Brazil USA". Neste mesmo dia, por acaso, também houve o Congresso Conservador, dirigido pelos mesmos organizadores da "motociata" pró-genocídio. Entre os participantes do Congresso estavam como convidados: Daniel Silveira, ex-policial condenado à prisão dezenas de vezes (participou remotamente); Eduardo Bolsonaro, um dos filhos investigados do presidente, e o Allan dos Santos, o foragido.  

 

 Por Moisés Calado.


"O Corvo", de Edgar Allan Poe

Imagem: Arquivo pessoal. Edgar Allan Poe. Seu texto mais famoso é o poema narrativo  O corvo  ( The raven ) , de 1845. Nesse poema,   o na...