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quarta-feira, 20 de agosto de 2025
AVIÃO ESPIÃO: CIA EM ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO
quinta-feira, 7 de agosto de 2025
TENTATIVA CONTRA A SOBERANIA DO BRASIL
Por Moisés Calado.
O BRASIL NÃO DEVE SE PREOCUPAR
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
DECRETOS PARA FIM DO MUNDO: O INÍCIO
quinta-feira, 20 de junho de 2024
MUAMMAR GADDAFI, O HOMEM QUE QUIS UNIFICAR OS POVOS
Nascido a 1942 em Abu Hadi, Líbia Italiana, Muammar Mohammed Abu Minyar al-Gaddafi descende
de família islamita sunita, dos Berberes Beduínos da Arábia. Desde muito jovem
gostava de escutar os discursos políticos do
líder egípcio Gamal Abdel Nasser, que chamava os povos árabes à unidade pan-arabismo e defendia a causa palestina, o que o ajudou a adquirir uma precoce
consciência política.
Gaddafi
fez seus estudos secundários na cidade de Saba, onde ele e mais três amigos criaram
o grupo
primeiro grupo revolucionário “Pan-Árabe”, com o intuito de derrubar o rei
Árabe Nasser, futuramente.
Ao entrar para a política,
sua atuação era voltada à unificação dos países do Oriente Médio e africanos,
tentando consolidar o que denominaria de os “Estados Unidos do Saara”.
Infelizmente o seu sonho de unidade entre os povos não prosseguiu depois da sua
morte “precoce” (69 anos) causada pelos Estados Unidos da América.
Os seus planos foram
diversos e muitos deles postos em prática. Aqui estão alguns exemplos dos seus
feitos enquanto governou a Líbia e as razões reais pelas quais Gaddafi foi morto:
1. Na Líbia, a eletricidade era
gratuita para todos os cidadãos.
2. Não existiam taxas de juros
sobre os empréstimos, os bancos eram estatais, o empréstimo aos cidadãos por
lei era de 0%.
3. Gaddafi prometeu não comprar
uma casa para os seus pais até que todos na Líbia possuíssem uma casa.
4. Todos os casais recém-casados
na Líbia receberam 60.000 dinares do governo, com o dinheiro compravam os
seus próprios apartamentos e formavam famílias.
5. A educação e o tratamento
médico na Líbia eram gratuitos. Antes de Gaddafi havia apenas 25% de
alfabetizados, 83% durante seu reinado
6. Se os líbios quisessem viver
num sitio, recebiam gratuitamente eletrodomésticos, sementes e gado.
7. Se não puderem receber
tratamento na Líbia, o Estado financiava mais de 2.300 dólares para hospedagem
e viagens para tratamento no exterior.
8. Se você comprasse um carro, o
governo financiava 50% do preço.
9. O preço da gasolina passou a
ser de US$ 0,14 por litro.
10. A Líbia não tinha dívida
externa e as reservas eram de 150 mil milhões de dólares (agora congeladas em
todo o mundo)
11. Se algum líbio não
conseguisse encontrar emprego depois da escola, o governo pagava o salário
médio até encontrar emprego.
12. Parte das vendas de petróleo
na Líbia era distribuída diretamente nas contas bancárias de todos os cidadãos.
13. A mãe que dava a luz recebia
US$ 5.000
14. 40 pães custavam US$ 0,15.
15. Gaddafi implementou o maior
projeto de irrigação do mundo, conhecido como “BIG MAN PROJECT”, para garantir a
disponibilidade de água no deserto.
Fonte: biógrafos David
Blundy e Andrew Lycett.
Por Moisés Calado.
terça-feira, 26 de março de 2024
"O Corvo", de Edgar Allan Poe
Seu texto
mais famoso é o poema narrativo O corvo (The raven), de 1845. Nesse poema, o
narrador conta um episódio assustador ocorrido à meia-noite, quando,
sonolento, e com saudades de Lenora, a amada morta, ouve baterem à
porta de seu quarto. Entretanto, ao abrir a porta, ele não encontra
ninguém. Na sequência, ouve outra batida, e, ao abrir a janela, encontra um
corvo. Passa, então, a conversar com ele, que sempre responde: “nunca mais” (“nevermore”),
como demonstra este trecho do poema traduzido por Machado de Assis:
O corvo
Em certo
dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
“É alguém que me bate à porta de mansinho;
“Há de ser isso e nada mais.”
Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial Dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso
pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará mais.
[...]
Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.
Diante da
ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo, — o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: “Ó tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize a teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?”
E o corvo disse: “Nunca mais.”
[...]
“Profeta,
ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?”
E o corvo disse: “Nunca mais.”
E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!
terça-feira, 19 de setembro de 2023
HÁ 102 ANOS NASCIA UM GÊNIO BRASILEIRO: CONHEÇA PAULO FREIRE
Imagem: Por Pensar a História
Há 102 anos, em 19/09/1921, nascia o filósofo e educador pernambucano Paulo Freire. Considerado um dos grandes pensadores da história da pedagogia mundial, Paulo Freire é o maior expoente da pedagogia crítica e referência basilar dos movimentos de educação popular.
Paulo Freire se destacou por seu método de alfabetização dialético, baseado na conscientização política. É autor de "Pedagogia do Oprimido", 3º livro mais citado em trabalhos acadêmicos de ciências sociais em todo o mundo. É também o Patrono da Educação Brasileira.
Paulo Freire nasceu em Recife, em uma família de classe média. A crise de 1929 e a morte precoce de seu pai fez com que a família fosse submetida a diversas privações de materiais — experiência que marcaria profundamente a futura atuação política e profissional do educador.
Concluiu o ensino básico como bolsista do Colégio Oswaldo Cruz, onde posteriormente atuou como professor de português. Em 1943, ingressou no curso de direito da Universidade do Recife (atual UFPE). No ano seguinte, casou-se com a professora Elza Maia Costa de Oliveira.
Em 1947, Paulo Freire assumiu a direção do Dpto. de Educação e Cultura do SESI, onde coordenou um trabalho de alfabetização de operários da indústria. Também atuou como membro do Conselho de Consultivo de Educação e como diretor do Dpto. de Documentação e Cultura em Recife.
Doutorou-se em filosofia pela Universidade de Recife em 1959. Tornou-se professor dessa mesma instituição, lecionando filosofia da educação. Em 1961, dirigiu a direção do Departamento de Extensão, iniciando seus trabalhos experimentais com alfabetização de adultos.
O projeto resultou na alfabetização de 380 jovens e adultos em apenas 40 horas. O modelo didático experimental estimulou o aprendizado por meio da discussão sobre o cotidiano da comunidade, o universo vocabular e as experiências de vida dos alfabetizandos, encorajando o desenvolvimento de uma consciência crítica sobre a realidade social. Fundamentado na autonomia pedagógica do estudante, o método contrapunha-se à chamada "educação bancária", onde predomina a figura do professor como centro do processo de aprendizagem.
O sucesso do método, que permitiu a alfabetização de um grande número de pessoas com baixo custo, despertou o interesse das autoridades. Ainda em 1963, Paulo Freire foi indicado pelo governador de Pernambuco, Miguel Arraes, para integrar o Conselho Estadual de Educação.
Também no mesmo ano, Paulo Freire foi orientado à direção do Plano Nacional de Educação (PNE), durante o governo de João Goulart, recebendo a incumbência de aplicar seu método de alfabetização a 16 milhões de adultos durante quatro anos.
A iniciativa estratégia forte resistência das oligarquias. Como a legislação vigente assegurava o direito de voto aos cidadãos alfabetizados, o projeto daria direitos políticos a milhões de deputados de baixa renda, desvinculados dos interesses das classes dominantes.
Paralelamente, ocorreu no RN uma greve de trabalhadores da construção civil alfabetizados pelo método freiriano. Após tomarem ciência do conteúdo da CLT, os operários cruzaram os braços e passaram a exigir o cumprimento do descanso semanal e da jornada de trabalho limitada.
Após a deposição de João Goulart no golpe de 1964, o cancelamento do Plano Nacional de Educação foi uma das primeiras medidas tomadas pelos militares. Paulo Freire foi preso pelos golpistas e ficou detido por 72 dias.
No inquérito que embasou o pedido de prisão, suspensivo pelo tenente-coronel Hélio Ibiapina Lima, o educador foi descrito como "cripto-comunista encapuçado sob a forma de alfabetizador" e "um dos maiores responsáveis pela subversão imediata dos menos favorecidos".
Dezenas de educadores ligados ao PNE e à experiência de Angicos foram presos. Em substituição ao projeto de Paulo Freire, a ditadura militar instituiu o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), alicerçado sob os preços autoritários e despolitizantes do regime.
Após ser libertado, Paulo Freire foi exilado no Chile, onde trabalhou para o Instituto Chileno de Reforma Agrária. Durante sua estadia em Santiago, escreveu duas de suas principais obras: "Educação Como Prática da Liberdade" e "Pedagogia do Oprimido".
Lecionou em Harvard em 1969 e, no ano seguinte, mudou-se para Genebra, atuando como consultor especial para o Conselho Mundial de Igrejas. Nos anos 70, Paulo Freire passou para mais de 30 países, prestando consultoria educacional e coordenando projetos de alfabetização.
Teve se destacou atuando na África, onde implementou importantes projetos educacionais na Guiné-Bissau, Moçambique, Zâmbia e Cabo Verde. Paulo Freire retornou ao Brasil em 1980, um ano após a sanção da Lei da Anistia, que permitiu o regresso dos exilados políticos.
Nesse mesmo ano, tornou-se membro-fundador do Partido dos Trabalhadores (PT). Atuoso no movimento pela redemocratização e na campanha das Diretas Já. Também retomei a carreira letiva, dando aulas na PUC-SP e na Unicamp.
Em 1988, dois anos após o falecimento de sua primeira esposa, Elza, casou-se com Ana Maria Araújo, que seria sua companheira até o fim da vida. Nesse mesmo ano, foi nomeado secretário de educação da Prefeitura de São Paulo, durante a gestão de Luiza Erundina.
À frente da massa, Paulo Freire expandiu uma rede de ensino, buscou universalizar o acesso à educação básica, criou o Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA) e instituiu uma política de formação continuada em serviço.
Permaneceu no cargo até 1991, sendo sucedido por seu orientador, Mario Sergio Cortella. Faleceu na capital paulista 6 anos depois, em 2 de maio de 1997, aos 76 anos. Paulo Freire é considerado o mais influente educador da teoria e da prática da pedagogia crítica.
É o terceiro acadêmico mais citado em trabalhos na área de humanidades no mundo, à frente de nomes como Michel Foucault e Pierre Bourdieu, e é o único brasileiro presente entre os 100 autores mais lidos nas universidades anglofonas.
O alemão Heinz Peter Gerhardt descreveu como "o educador mais bem conhecido de nossa era" e "um educador utópico que manteve sua fé na habilidade das pessoas manifestando suas ideias, ajudando a recriar um mundo mais voltado à justiça social".
Em todo o mundo, há cerca de 350 escolas, universidades, bibliotecas e instituições batizadas com seu nome. É o patrono de nove cátedras dedicadas à sua memória e foi homenageado com 35 títulos de doutor "honoris causa" em universidades brasileiras, americanas e europeias.
Também foi laureado com o Prêmio da UNESCO para a Educação e a Paz em 1986 e é o Patrono da Educação Brasileira desde abril de 2012.
Por Pensar a História.
Adaptação: Moisés Calado.
AVIÃO ESPIÃO: CIA EM ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO
Foto: ICL Notícias Baseado em fontes como, CIA History e relatórios do Departamento de Estado, agentes da CIA em operações covert em paíse...
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UMA VIAGEM ENTRE OS TEMPOS Imagem: arquivo pessoal do autor. Foto: p or Selly Edny Repleto de tecnologias ainda inexistentes, o novo rom...




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